Com origens de fortificação do século XIII ao tempo de D. Sancho I, Valença teve importância estratégica na relação entre o Minho e a Galiza. As fortificações medievais ainda percetíveis datam de 1262, construídas por ordem de D. Afonso III, passando a abarcar toda a povoação. Posteriormente a fortaleza foi complementada com barbacãs e com uma couraça, o que revela a importância militar da transição para a época da guerra da pólvora.
Já no século XVII e pelo facto de Valença ser muito exposta a ataques espanhóis empreendeu-se uma das maiores realizações militares da história, sob desenho de Miguel de l’Escole, engenheiro militar que desenvolveu outras fortificações ao longo do rio Minho. As obras tiveram início em 1661, tendo ficado concluídas em 1713, já sob risco do Arquiteto Manuel Pinto de Vilalobos.
Valença passou então a possuir uma majestosa malha de baluartes e de patamares comunicantes entre si através de fossos e pontes. A fortaleza divide-se em duas áreas interligadas pela denominada Porta do Meio. A área norte envolve o núcleo medieval da vila e a área sul, com função meramente militar, é denominada como “Coroada”. Todo o conjunto é defendido por uma complexa malha de baluartes e revelins que o isolava e permita uma grande área de visibilidade e de fogo, constituindo-se assim uma “obra maior” da história militar portuguesa.
A fortaleza integra uma Pousada que foi inaugurada em 1962. Está prevista uma candidatura de Valença a Património da Humanidade.